Tuesday, April 17, 2007

Instantâneos da morte

- Zé sabes o que mais me custou? Foi terem-me roubado a máquina fotográfica em Barcelona... Parece que com ela me roubaram as memórias dessa viagem.. e o que somos nós sem memórias... é como a morte, deixamos de existir quando nada nem ninguém mais se recorda!
São os instantes de viagens pela Cidade Universitária, pelas Ruas de Sarajevo, em frente a um prato de almôndegas! São instantâneos congelados numa fotografia, numa memória, num diário, num desenho... São polaróides de momentos que afinal não vivemos... São bocados de papel, copos, e todo o género de recordações que num instante nos transportam para momentos mortos que ganham um último sopro de vida.... Instantâneos que se repetem com o barulho das bombas que faz despertar um outro eu enraivecido... São os flashes de um abraço, são uma escolha num supermercado ou para a vida...
São instantâneos da morte.
Instantâneos da morte
Modo de preparação:
-Abra a saqueta
- deite o conteúdo numa tigela
- adicione 1l de água e misture
- deixe arrefecer algusn segundos e já está pronto a ser consumido

9 comments:

rednosedraindeer said...

bonito :)

e eu matei a minha mãe, ai ai...

Roxanne W. said...

e ha quem mate alguém porque o outro é feliz, e ha quem se suicide e há quem espezinhe como se fossem cereais...

rednosedraindeer said...

afinal nao matei ninguem.

Rossana, isto para ti faz algum sentido?

Roxanne W. said...

faz ás vezes...outras nem por isso...

Sónia Balacó said...

Zé, isto afinal é tudo mentira, Zé.

Zé?

Roxanne W. said...

oh Zé como é que é?

Anonymous said...

A memória morreu.

Anonymous said...

A memória morreu.

Roxanne W. said...

a memória é uma coisa morta?ou morta viva?morta viva porque podemos altera-la conforme nos sentimos melhor de a relembrar mas no fundo são coisas podres, putrefactas mas que nos dizem quem somos...aliás quem fomos....