O Verão trouxe-me aquele sabor a sal agarrado à pele, a sol entranhado na derme que nos abraça com força e nos aquece por dentro... Pelo meio há pessoas novas, incursões pelas falésias, mariscos, o vento gélido que vem calar a tarde e traz consigo a noite... Gelados que são almoços, risos que são refeições inteiras, e aquela réstia de laranja a lamber o céu... Desvios na serra, que acabam em percursos sinuosos, difícieis mas que cabem na palma da mão, com o mar a tocar-nos nas coxas...em vaivém...
A música que se cola ao ouvido, tal como os mosquitos no vidro do carro ou nos faróis... Ao sabor do vento e da voz que cá dentro ecoa junto à vontade decido para onde vou, aliás para onde vamos... Ainda hoje, na garupa de um tractor mascarado de zebra parti rumo ao safari nas terras de argila, cheio de tigres de benguela a descansar à sombra do chaparro...
Pena que as tumultuosas àguas do rafting não funcionem ao ritmo dos nossos desejos...
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