Friday, July 25, 2008

ha vezes em que achar que se sabe não chega, é preciso dizer

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

(Álvaro de Campos)

Sozinha, depois de vezes sem conta sozinha, olhei para trás e me apercebi como poucas vezes digo o que sinto. Não o que sinto no momento, no entretanto, no caminho, na viagem, mas o que sinto independentemente do entretanto, do momento ou do destino. Poucas vezes digo aos meus amigos como os amo, como gosto das conversas ou dos minutos de silêncio... dos olhares cúmplices ou de retomar a conversa igual, de onde ficou, independentemente do tempo que passou desde que nos vimos. Assim, independentemente de parecer ridícula, digo, aliás escrevo para que possa sempre ser revisitado, que te amo pelo que és, pelo que me dás, pelo que significas...nenhum amor é mais verdadeiro e despreendido do que a amizade. Assim... Eu... Amo-te

4 comments:

Anonymous said...

We luv u Rox!

Roxanne W. said...

i love you too!!!!

Anonymous said...

tb te lovo um cadito :P

Roxanne W. said...

dani eu tb so mesmo mesmo um bocado!!!!mas mesmo pequenino!