Tuesday, September 29, 2009

Há filmes que despertam demónios... Há demónios que despertam filmes... Há demonios que se encontram e tudo desaba, até parece que o rádio vai tocando o que se sente e os olhos marejados inebriam o caminho que parece nunca mais acabar. Há vezes em que não sou eu são só os meus demónios.

Monday, September 21, 2009

LOST


Não sou propriamente precoce, bem sei, mas o que interessa é que descobri a série antes da ultima season. Em menos de 4 semanas vi 5 temporadas do LOST e tornei-me quase que uma perdida agora que não ha mais mistérios novos a descobrir, pelo menos não nos meses mais próximos. Apenas espero que esta espera seja curta, curta e compensadora já que há coisas que precisam de uma explicação, mas sem aliens please...

Sunday, September 13, 2009

Sim sou parva

Sim, não podiam deixar de estar aqui, sim representam a falte de lucidez que me amarinha e sim porque já vi estes videos em loop e ha sempre pormenores novos que me fazem rir.

Quem não sonhou ter esta declaração de amor?

Ou um beat com o seu nome, cujo videoclip se desenrola na cozinha?

Wednesday, September 09, 2009

A casa

Estou sentada na sala enquanto dormem. Tenho medo de os acordar. Por vezes acho que exagerei no martelar do teclado e faço pausas constantes até serem absorvidos pelos ruídos da casa.
As casas antigas parecem ter uma respiração que aparece no ranger das portas, no ganir das fechaduras ou de uma tábua do soalho. Ao fundo, se nos concentrarmos, conseguimos escutar a ladainha das gaivotas em mais um dia nervosamente cinzento, é o começo do Outono dizem eles.
Estas casas sempre me fascinaram, com as datas da construção cravadas na parede a tinta meio estalada da intempérie. Esta cheira a diário, aqueles diários com várias cores que têm um cheiro a perfume que não se desgasta com o passar dos anos.
Uma máquina de rebuçados, a abóbora, a couve e sei lá que outros legumes e vegetais que afinal são saladeiras e terrinas. O orgulho do antigo que já esteve em casa de quem já não está mais. O serpentear dos candelabros e os tantos livros que nos esperam no cimo da escada íngreme. Casa de conspiradores é o que me dizem que já foi. Também eu conspiro estas palavras para não ficarem cá dentro como tantas outras vezes. Estar aqui e ouvir os passos largos de alguém na calçada, as conversas sobre as marés ou sobre o raiar das manhãs faz-me regressar um pouco a casa.
O cheiro a peixe grelhado parece penetrar pelas frinchas das portas e janelas que dão para a rua. É ver-me a andar por aqui a absorver minunciosamente os cantinhos, as montras e a tentar adivinhar os pensamentos de cada um.
Engraçado como novas memórias são facilmente agarradas, violadas e sequestradas pelas antigas, como se ainda estivesse na antiga Vila de Sines.

Saturday, September 05, 2009

Lisboa - Matalascañas - Sevilha - Dos Hermanas - Cádiz - Gibraltar - La Línea de la Conception - Manilva - Mijas - Córdoba - Mazarron - Cartagena - Alicante - Les Gavines - Valencia - Tarragona - Barcelona - Solsona - Andorra la Vella - Encamp - Pas de la Casa - Lleida - Zaragoza - Madrid - Badajoz - Lisboa



Estive desaparecida deste blog 1 mês. Muitas foram as viagens de ida e volta ao Alentejo e ao Algarve. Mas, a que ainda me está na pele é a minha mais recente ida a Espanha. Continuo a não ser fã dos nuestros hermanos, são raros os sorrisos por aquelas bandas, mesmo quando se fala permanentemente em inglês.
Foi mesmo a vontade de viajar, com os pés no tablier, a janela aberta que deixava entrar os 40º da Andaluzia às 3 da tarde, o rádio a cantarolar músicas dos 80's e a Quechua de 2'' (que conseguimos montar em 4) no porta bagagens.
Todas as viagens me permitem escarafunchar esta vontade de me sentir livre e esta foi uma delas.
Vi tantas paisagens difrentes, fiz 3500km e aprendi que consigo adormecer em segundos. Foi tão bom escutar a Mary quando só faltavam uns metros para dar um mergulho no Mediterrâneo, mesmo que a praia tivesse areia lamacenta... Guardo tantas imagens cá dentro, certamente mais do que fotos... O surgir de Córdoba, as ruelas de Sevilha, o amanhecer sobre Barcelona com a Sagrada Família nas costas, o verde ensurdecedor de Andorra e como as nuvens e a montanha se fundiram só para nós em Pas de la Casa. Ás vezes fecho os olhos e regresso à chuvada dos Pirinéus, ouço e quase Sei de Cor o que adoras e volto a reler as páginas do Al Berto antes de se apontar para o meio da paisagem entre a janela e dizer "Olha ali, mais um".
Foi tão bom, ainda a sinto embrulhada pelo calor daquele fim de tarde em Mazarron naquela praia junto à estrada depois dos montes, o pior? É que temos que voltar para beber um Mojito... Vamos?