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É um blog sem título, umas vezes escrito com mais ou menos vontade, mais ou menos felicidade, mais ou menos atropelos ou correrias!se é para sentir? se é para alguém ler? como diria o meu mestre Pessoa "sentir sinta quem lê", assim vos digo ler, leia quem lê....
Ola minha gente!!!Nem sei por onde comecar...Sexta fui com a Carol para Hong Kong e ainda nao absorvi tudo o que vi. Ficamos em casa de portugueses que como nos estao no Inov e tiveram a amabilidade de nos recolher do frio e da chuva que invadiram a cidade no ano novo. Confesso que estranhei ouvir tanta gente durante tanto tempo a falar portugues e espantada como nessa cidade se pode viver, se se quiser, muito afastada do ocidente. Estranhei ver muitos europeus juntos so passou um mes e ja senti falta de estar entre os asiaticos. A cidade e mais suja que Singapura, mas tambem e moderna ao mesmo tempo que e antiga, e dificil explicar... Foi basicamente calcorreada a pe por nos as duas, enroladas em casacos, alias num casaco pois nao tinhamos mais que um, e debaixo de chuva. No sabado de manha sentamo-nos no cafe e marcamos no mapa o que queriamos ver, depois de todas as pintinhas la fomos nos para a rua e enfrentar o inverno. Vimos tanta coisa, de jardins pequeninos que nos faziam esquecer da confusao da cidade, de magotes de gente nas ruas e que invadiam os mercados que tinham que haver sentidos estabelecidos para os percorrer, passando por templos enfiados no meio de becos, inundados de deuses com caras feias e linguas grandes rodeados de incenso e papeis queimados como oferenda. Todas as ruas estao enfeitadas com lanternas vermelhas, oferecem-se pacotes vermelhos com moedas e rebucados. Percorremos templos taoistas e budistas, daqueles que aparecem nos filmes onde o Mr Myagi ensina o Daniel san, onde a natureza esta em consonancia com tudo, e onde nos podemos esquecer que afinal estamos numa cidade. Perdemo-nos de proposito pela linha do metro e saimos onde ninguem falava ingles e as unicas Ang Mo (ocidentais) eramos nos, ou seja sentimos a verdadeira china. Percorremos ao sabor do que a vista alcancava e chegamos a pequenos templos enfiados nas montanhas e mercados de rua e foi tao bom sentirmos que eramos mesmo viajantes. As pessoas sao reservadas mas muito agradaveis, tentam sempre ajudar mesmo que nao percebam o que dizemos. Andamos tantos kilometros a negociar pechinchas ou a procura de Big Budhas no meio do nevoeiro. Corremos tanto sobre os nossos pes que a cidade ja parecia caber na palma da mao. Comemos nas ruas, no meio de feiras como se estivessemos nos Santos Populares e partilhamos mesas cobertas de noodles com o marisco vivo a escorregar mesas abaixo....Tiramos fotos com locais e tentamos estar com o espirito mais aberto possivel ao que nos e estranho e diferente. No fim, depois de nos quererem impedir de voltar a Singapura e aquela a que ja chamamos casa senti que o dever fora cumprido, sentir a cidade das luzes a todas as horas do dia, as vezes com mapa mas a maioria ao sabor do que nos traziam as avenidas. A Carolina e uma excelente companheira de viagem, sempre disposta a tirar fotografias com locais, a experimentar novos pratos e a acordar cedo cedo ( as 7 ou 8) depois de nos termos deitado as 4 para enfrentar o frio do inverno!!! Hong Kong???Sabe a noodles de Causeway, a chuva miudinha do passeio das estrelas e cheira a incenso perfumado.
Uma pequena prenda do Dia de S Valentim. Finalmente vimos rapazes orientais giros, cheios de estilo e com tenis lindos de morrer, Aleluia!!!!! Chin Lin Nunnery, o templo mais bonito que visitamos, calmo, zen colorido e enfiado no meio da cidade.
Viajamos para uma ilha perto de hong kong para ver o Big Budha, o tempo estava tao mau que foram canceladas as voltas para Honk Kong de teleferico, depois disto o Budha que deviamos ver da ilha toda so se conseguiu ver assim a centimetros de distancia.
Po Lin Monastery na ilha do Big Budha onde as monjas usam telemovel....
Preparadissimas para a monda do arroz, se repararem nos meus olhos ate estao muito mais puxadinhos nao acham???e tudo culpa do molho de soja!!!
A porta do Po Lin monastery... ah ... que vista fantastica pelo menos imaginariamente...
Que rumo tomar?Estatua da Liberdade?China?Big Ben?Africa?Nao sei, o que importa e ir!!!
Com vista para a ilha de Hong kong, onde todas as noites ha um espectaculo coreografado de luzes dos edificios que estao atras de nos...nem quero pensar no tamanho da conta da luz!!!
Man Mo Temple e uma trabalhadora a pendurar incenso, sim aquelas estruturas que parecem feitas de bambu sao incenso a arder.
Um templo perdido onde encontramos os praticantes da danca do dragao que afinal e um leao, vamos la celebrar o ano do tigre!!!!
Perdidas na China a fingir que sabemos Tai-Chi com a mafia chinesa (segundo a Carol) a olha para nos.
Como aqui se carregam as bilhas de gas, isto e que e ser ecologico!!!
No mercado do ano novo em Victoria Park com um vendedor local.
No mesmo mercado por causa do ano do Tigre este era o chapeu da moda!!!!
Aqui os filmes sao em ingles e legendados em chines...Sweet uh??
Eu no ponto mais a sul da Asia continental, antes de um aviso de tempestade de relampagos.
Finalmente encontramos uma praia onde nao se veem barcos gigantes e fabricas ao fundo...e ate se ouvem passarinhos, ena pah finalmente a floresta tropical....
O mercado perto de nossa casa vende isto, que nao sei bem o que e, ainda nao provei mas irei provar, mas que parece estranho parece....
Dentro do templo hindu de Srinivasa
Um piercing na lingua feito mesmo a minha frente e sem analgesico....
Um devoto com o kavadi, estes fios que veem estao agarrados a ganchos que ele acabou de fazer nas costas... Os pequenos altares no Templo....ai o cheiro a incenso....
No metro estas sao as proibicoes, fumar, comer e beber, liquidos inflamaveis e durians, a tal fruta que e um pivete....quando provar faco um video!!!!
Mais uma manha no escritorio, a boss esta numa reuniao por isso aproveito para escrever. Esta semana foi mais calma e dedicada a descobrir a cidade. Finalmente tive um fim de semana a serio, mesmo depois de ter engonhado a resolver o trabalho pendente. Sabado foi o dia dedicado a cultura, neste dia celebrou-se o Thaipusam, um festival em honra de um dos filhos de Shiva. O festival comeca num templo lindo de morrer, recheado de figuras esculpidas no telhado. Mas ali o que impressiona e mesmo o ambiente, milhares de hindus vestidos com roupas coloridas e brilhantes, o cheiro a incenso que e tao abundante que penetra em todos os nossos poros e comeca a provocar zumbido na cabeca. Dentro do templo ha pequenos altares com oferendas aos deuses eha batuques de tambor em tudo quanto e canto. Veem-se varios aglomerados de pessoas em volta de outra com uma armacao de metal em volta. Quando nos aproximamos descobrimos o que verdadeiramente se passa. As familias entoam canticos aos familiares, cantam musicas de encorajamento enquanto os perfuram com variadissimos objectos como anzois, espetos, etc em varias zomas do corpo como as bochechas, a lingua, na testa, nas costas, no peito ou na barriga. Simmeus meninos vi senhores a serem perfurados com ferros na lingua, como mostra a imagem e nao deitarem uma pinga de sangue e sem se queixarem….depois de devidamente cheios de furos na carne varios homens levantam as estruturas de metal decoradas, prendem uma especie de arame a cada ‘piercing’ que acabaram de fazer e danca ao som dos batuques. Esta cerimonia tem inicio meses antes quando eles se comecam a purificar para serem capazes de cumprir a tarefa. Supostamente nao sangram porque o seu Deus esta dentro deles e da-lhe forca para continuar…dizem… Aquilo e a loucura para a familia toda e como se nao bastasse ainda vao carregar tudo aquilo as costas ate ao outro templo que fica a Kms de distancia…Era 1 da manha ainda estavam a chegar ao templo…O que tenho a dizer e que no minimo e impressionante as coisas que fazem a eles proprios em honra do deus, a quantidade de incenso que estava naquele sitio, a quantidade de pessoas que vai a este festival e toda a celebracao em volta…bem ja experienciei e nao me parece que volte…
Se alguem decidir ver este festival, please n facam como eu e levem vestidos, ao menos que tenham umas calcas por baixo, ou caso contrario as hindus olharao para voces de lado e os hindus olharao bem de frente…
O resto do tempo foi passado a descobrir a Arab Street, passo num instante da India para Marrocos num instante, onde as esplanadas estao a abarrotar de pessoas a conversar alto, com musica e a fumar chicha…
Domingo foi dia de ir a praia, mesmo que o sol nos tivesse a fazer caretas e se recusasse a aparecer e depois foi ver-nos passear por Sentosa, a ilha do sitio com praia….
Mais novidades daqui ?A minha luta com pauzinhos esta cada vez mais facil… Descobri o sitio para se estar a beber cafe numa esplanada rente ao rio, para se sair a noite e beber um copo ou entao ate dancar ate as tantas.Vao ser varias horas passadas ali, a experimentar novos pratos e a escrever milhoes de cartas para Portugal e outros paises do mundo.
Por aqui ja me sinto menos alien, nao tenho registado baratinhas em casa, embora de vez em quando seja presenteada com uma osga ou duas…e no outro dia percebemos que as ratazanas andam pelo tamanho de coelhos medios, grande, gordas e com um rabo nojento…nao, nao tinhamos disto em casa, encontramos na rua e gritamos feitas loucas enquanto um casal que se assustou com os nossos gritos nos olhou com um ar reprensivo, do genero ‘sao so ratinhos ‘…
Para alem da convivencia pacifica com a bicheza esta gente nao reclama de nada, nao se chateia se e abalroado no metro, ou se lhe passam a frente na fila. Teem todos os ultimos modelos de telemovel, estao sempre a mandar mensagens, que escrevem com as duas maos, e vao o metro inteiro a olhar para o chao, os chineses nao olham as pessoas de frente e considerado um desafio. Este post ja e uma colagem de coisas, e pior, sem acentos porque este teclado nao conhece essas coisas. Ai vou enfiar-me de novo em tabelas de excel.
Tuesday, January 26, 2010
1- eu numa loja dos chineses num centro comercial chique que fica perto do comboio para a praia...quase pareco chinoca nao????
2- o AMK, o centro comercial msm perto da nossa casa, estou num dos enfeites para comemorar o ano novo, olhem eu ao pe do porco!!!
3- Eu a lutar contra as baratas com uma arma improvisada, meus amigos, aquilo e para por a roupa no estendal, o que e o nosso estendal, vira numa foto mais tarde...
4- A vista da Marina, fui a um evento e esta era a vista...bem bom nao e?
5- Sim provei comida indiana, e sim disseram-me que nao era picante...mas eles sao uns aldraboes... lololol
Cá estou eu finalmente a dar notícias de vida!!Não morri, nem fui engolida por nenhum dragão de Komodo ainda. A verdade é que tem havido em cansaço crónico em mim que se arrasta há 2 semanas e só agora mostra vontade em desaparecer. Tudo começou em Lisboa… Lá estava eu, vinda do alentejo com uma mala gigante com 10 kilos a mais. Queriam que pagasse 300 euros, pois achavam que consegui enfiar a minha vida em 20 kgs, portanto fomos comprar caixas dos correios para eu abrir a mala depois de horas em arrumação e estragar tudo… Ai ai, o que vale é que o meu condutor tinha muita paciência, thank you, you are my BFF lolololol
La parti eu rumo a Frankfurt com a sensação que ia comer umas salsichas, ver a neve e voltar, mas só cheguei a ver a neve. Andei eternidades para chegar ao voo de ligação, quase sempre a correr porque tínhamos partido de Lisboa com atraso. Ai e eu naquela viagem gigante até aqui, sentada sozinha junto à janela, onde tinha que pedir milhões de desculpas para ir a casa de banho, onde só havia uma tv que estava sempre a dar o sitio onde o avião estava, oh Srs da Lufthansa…uma pessoa puxa os cabelos…e que tal ecrãs nos bancos???Please sao 12 horas de voo!!!
Cheguei a Singapura e ja estava o dia seguinte com a tarde avancada. Chegámos ao hotel de taxi e o quarto só tinha msm espaco para as camas. Janela? Não existia, apenas um plasma gigante onde passavam horas de novelas indianas, filmes chineses ou o american idol, mas meus amigos o mesmo episódio over and over, ás vezes o msm em dois canais diferentes.
Levei uma estaladona do jet lag, que para quem não sabe são mais 8 horas e fiquei a sofrer os seus efeitos ate a semana seguinte. Os meus pés incharam, quase adormeci em reuniões na empresa porque o cansaco era simplesmente crónico. O calor é um abuso, quase que parece que não conseguimos respirar ao início e a humidade cola-nos a roupa ao corpo. Neste tempo curto já deu para saber que sou msm um alien aqui. Nao só e extremamente fácil encontrarem-me a mim, loira no meio da chinoquice, como tambem devo ser das mais gordas que vão encontrar. A cintura delas é minúscula e vestir um L aqui pode ser um desafio para encontrar coisas. Mini saias, mini vestidos, mini calções, tudo mini aqui…e as pessoas como eu que queriam ser decentes ficam a apanhar bones!!! Para compensar costumam ser mto acessíveis, embora o seu inglês não seja o que estamos habituados, aqui chama-lhe Singlish, inglês de Singapura, que é uma especie de inglês mais básico e com pronúncia chinesa ou indiana. As vezes é assustador.
Assustador é tambem nao saber o que comer todos os dias, aqui basicamente tudo é diferente. A escolha pode variar entre chinês, japonês, indiano, tailandês, malaio, ou continental… ai, até vos poderia dizer o que já comi, mas já nem me lembro. Sei que em tudo ha muito molho de soja, noodles (com quem tenho uma batalha diária com os pauzinhos) e picante, mesmo que eles digam que não tem. Ja provei diferentes sumos, de cana de acucar a coisas nojentas e gelationsoas que nao sei escrever o que são, ja comi indiano e até bolo de cenoura que apenas parecia uma papa castanha…
Aqui e por outro lado meninas é o reino dos sapatos, são baratos, são lindos e alguns muito confortáveis. Por isso Dani, prepara-te e só traz um par que é os que tiveres calçado. Trabalho na rua com mais centros comerciais do mundo, chama-se Orchard e eu estou no spot. Aqui é tudo fancy, e só se vê Prada, Dolce Gabana e bla bla bla a pontapé!!!Os centros comerciais, teem ligação subterrânea uns com os outros já que e quase impossível atravessar a estrada, pela rua. Eles teem muitas frutas tropicais e uma delas e o Durian, que tem um cheiro tão intenso, que é uma mistura entre doce e azedo que não da para descrever, mas que e tão forte, tão forte que é proibida comer na maioria dos sítios.
Outro dos desafios é o supermercado… Singapura produz pouca coisa, e nem sequer tem àgua própria, por isso o supermercado está cheio de artigos estrangeiros, ou seja mais caros. Mas isto significa que sejam comuns? nem por isso, há aqui tanta coisa que nem dá para fazer resumo…ora são galinhas com cabeça, ou ovos pretos, ou ervas/vegetais/coisas com ar de naha dentro de sacos, ou pringles de camarão, ou coisas que agradecemos que estejam em chinês para não percebermos o que são. Comer fora é bem mais barato do que comprar, por isso a maior parte das vezes não jantamos em casa.
Outro dos desafios pelo qual tivemos que passar, foi a procura de casa. Nao podíamos passar o tempo todo naquele cubiculo onde o chuveiro estava enfiado na casa de banho sem separação ou cortina, muito menos a pagar o que estávamos a pagar por estar numa das zonas mal afamadas da cidade. A procura de casa foi desgastante, primeiro tentámos sozinhas, mas com jet lag, e quase sem net tornou-se difícil. Resultado, fizemos como se faz aqui, contratámos uma agente amiga de um antigo Contacto e ela arranjou-nos sítios para vermos. Vimos muito poucos, e já estavamos desesperadas por um sitio para pormos as coisas. Queriamos o bom e o barato, e o perto ou seja o que não existe. Acabámos por ficar com uma casa, de dois quartos em Ang Mo Kio. Curiosamente eles chamam ang mo aos estrangeiros, mas este é um bairro familiar com poucos estranjas, a 8 minutos a pé do metro, junto a um mercado chinês onde somos as unicas brancas ás compras, ou seja a atracção local. Este fim de semana foi a mudanca. Muitos foram os taxistas que recusaram a levar as nossas malas, mas há sempre um a querer fazer dinheiro. Carregadas até aos ossinhos lá fomos nós, depois de horas a negociar com o senhorio, muçulmano, indiano, que gosta de discutir tudo, que não confia em ninguém, que quer sempre fazer dinheiro a todo o custo e que não acha piada a negociar com mulheres. Foi uma batalha penosa, que durou dias e até altas horas. Sábado foi o dia da limpeza, já que no fim daquela negociação já tinhamos asco ao homem.
O melhor é que o asco tinha motivo, ora não é que o senhor só limpava as cenas que se viam? E o melhor foi quando começámos a arredar coisas e começaram a vir baratas aos magotes…ai que nojo. Fomos comprar litros de lixívia e quase desmaiamos tal era o calor e a intensidade do desinfectante. No fim do dia ainda não tínhamos conseguido limpar tudo e simplesmente caímos para o lado de exaustão. Ontem foi mesmo terminar tudo e correr para a praia. Que não e maravilhosa mas e quente e tem agua e areia e é o que interessa. Alem do mais de certeza que escolhemos a pior lolol. Parecia que estávamos na América, já que eram so americanos e as suas esposas asiáticas. Ao menos deu para mergulhar. Cheguei a casa e novamente foi cair para o lado de exaustão.
Finalmente agora começo a ganhar energias para conhecer a cidade e já me apetece abrir o guia e ir. Hoje já comecei a marcar a próxima viagem, Hong Kong, irei lá com a Carol no Ano Novo Chinês, já que segundo consta aqui tudo fecha e só há festividades antes do ano novo, portanto pessoal no dia dos namorados estarei a namorar em Hong Kong.
Hoje já me alonguei, depois há mais, só precisava desenferrujar.
Está a chegar a hora é o que me diz o bilhete, está quase é o que me dizem os meus amigos...Eu, eu que sou eu, eu que tento enfiar a minha vida em 20 kgs não sinto nada...
Sei que este corpo, esta cápsula que sou eu hoje prepara-se para morrer...Não que espere que o avião caia, mas porque sei que voltarei de lá com outro olhar para o horizonte...verei tudo de forma diferente...mesmo que o mundo não se altere serei eu a mudar, a crescer, a estender raizes...Verdade que já sentia o vaso a tornar-se pequeno para mim, precisava de espaço, de mais centímetros...
Esta coisa que sou hoje tornar-se-á morta dentro de algumas horas, quando deixarei Portugal e aterrarei na Ásia...talvez por ir viver com quem tenha os olhos em bico aprenda a olhar mais para o redor e menos em frente...talvez..talvez...não sei... Sei que já carreguei promessas de escrever, e a escrita que tem andado tão longe de mim...Veremos...
Veremos no que este corpo meio feito de barro se tornará do outro lado do Mundo...