Voltar aqui é voltar atrás mas com o relógio a funcionar!
As mesmas pessoas, os velhos no banco do jardim no Largo do Castelo à espera que o autocarro da morte apareça...
Multiplicaram-se os pedintes, tal como lagartixas...rastejantes por um punhado de droga, ervas daninhas que tomam conta das pedras seculares junto à estátua do velho Vasco.
As mesmas conversas sobre os mesmos assuntos já esgotados até ao tutano.
Uma vila em suspenso, uma cidade a apodrecer por dentro...Como um bando de gaivotas que já não se esforça para pescar, antes fica à espera das sobras trazidas pelos barcos!
E quando a noite se instala confortavelmente no seu sofá, todos se recolhem em casa junto das pantufas... a rotina não é quebrada uma, outra e outra vez até se apoderar por completo dos movimentos espontâneos, dos olhares de espanto e da vontade de circular por outros caminhos....
A barba cresce, as roupas alargam-se, as unhas passam a ser cortadas à navalha em desalinho, o gorro toma conta do cabelo e o ar de quem espera torna-se verdade.... E é vê-los sentados nos bancos do jardim à espera que o autocarro da morte não demore muito...
Será que sou eu que não quero que a nostalgia se instale e com ela a velhice? Ou voltar aqui é voltar atrás mas com o relógio do tempo sempre a fazer tic tac?
As mesmas pessoas, os velhos no banco do jardim no Largo do Castelo à espera que o autocarro da morte apareça...
Multiplicaram-se os pedintes, tal como lagartixas...rastejantes por um punhado de droga, ervas daninhas que tomam conta das pedras seculares junto à estátua do velho Vasco.
As mesmas conversas sobre os mesmos assuntos já esgotados até ao tutano.
Uma vila em suspenso, uma cidade a apodrecer por dentro...Como um bando de gaivotas que já não se esforça para pescar, antes fica à espera das sobras trazidas pelos barcos!
E quando a noite se instala confortavelmente no seu sofá, todos se recolhem em casa junto das pantufas... a rotina não é quebrada uma, outra e outra vez até se apoderar por completo dos movimentos espontâneos, dos olhares de espanto e da vontade de circular por outros caminhos....
A barba cresce, as roupas alargam-se, as unhas passam a ser cortadas à navalha em desalinho, o gorro toma conta do cabelo e o ar de quem espera torna-se verdade.... E é vê-los sentados nos bancos do jardim à espera que o autocarro da morte não demore muito...
Será que sou eu que não quero que a nostalgia se instale e com ela a velhice? Ou voltar aqui é voltar atrás mas com o relógio do tempo sempre a fazer tic tac?
1 comment:
Subscrevo inteiramente aquilo que escreveste...a vida passa mesmo por estas pessoas enquanto tão sentadas no ponto lololol!
Liliana
Post a Comment