Onasa, 30 anos, sapateiro famoso.
Alto, magro, tem dedos longos e é com eles que puxa do seu cigarro ao acordar. É um fumador compulsivo que calça o 45.
A sua pêra é rala e o seu cabelo escuro desgrenhado. De t-shirt branca, gasta, na sua cama branca e grande, no seu quarto branco e minimalista, espera pelo momento em que terá coragem de sair da cama.
O seu ar é soturno e distante, tal como todos os dias. As suas calças pretas estendidas pela carpete ainda o esperam meio jogadas, depois de terem sido tiradas à pressa. Ao pé delas uns boxers. Não os dele, mas daquele que roncava ao pé dele, meio aninhado contra a sua perna.
Ao olhar para o Hugo, achava que era assim que ele se chamava, sorriu levemente deixando entrever o seu dente da frente meio lascado. Ele ainda conseguia atrair homens mais novos, o seu sucesso como sapateiro tratava-se de conseguir esvaziar o seu desejo sempre que quisesse a troco de nada.
Os olhos verdes e a boca carnuda do Hugo, ou lá como se chamava, abriram-se e um sorriso iluminou-se no rosto dele. Nú, com a luz da janela a bater-lhe no corpo sentou-se sobre a cama e abraçou Onasa. Sem que pudesse reagir de qualquer forma beijou-o com sofreguidão. Ele levantou-se irado, com os olhos a raiar de vermelho e bateu-lhe. Depois disse-lhe:
- Não gosto de beijos na boca, muito menos com língua, sou como as prostitutas!
Alto, magro, tem dedos longos e é com eles que puxa do seu cigarro ao acordar. É um fumador compulsivo que calça o 45.
A sua pêra é rala e o seu cabelo escuro desgrenhado. De t-shirt branca, gasta, na sua cama branca e grande, no seu quarto branco e minimalista, espera pelo momento em que terá coragem de sair da cama.
O seu ar é soturno e distante, tal como todos os dias. As suas calças pretas estendidas pela carpete ainda o esperam meio jogadas, depois de terem sido tiradas à pressa. Ao pé delas uns boxers. Não os dele, mas daquele que roncava ao pé dele, meio aninhado contra a sua perna.
Ao olhar para o Hugo, achava que era assim que ele se chamava, sorriu levemente deixando entrever o seu dente da frente meio lascado. Ele ainda conseguia atrair homens mais novos, o seu sucesso como sapateiro tratava-se de conseguir esvaziar o seu desejo sempre que quisesse a troco de nada.
Os olhos verdes e a boca carnuda do Hugo, ou lá como se chamava, abriram-se e um sorriso iluminou-se no rosto dele. Nú, com a luz da janela a bater-lhe no corpo sentou-se sobre a cama e abraçou Onasa. Sem que pudesse reagir de qualquer forma beijou-o com sofreguidão. Ele levantou-se irado, com os olhos a raiar de vermelho e bateu-lhe. Depois disse-lhe:
- Não gosto de beijos na boca, muito menos com língua, sou como as prostitutas!
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