... É um blog sem título, umas vezes escrito com mais ou menos vontade, mais ou menos felicidade, mais ou menos atropelos ou correrias!se é para sentir? se é para alguém ler? como diria o meu mestre Pessoa "sentir sinta quem lê", assim vos digo ler, leia quem lê....
Monday, August 28, 2006
Férias
Mais?diz toda a gente!"passas o dia de férias"...
Então mas uma pessoa já não pode ter 25 dias de férias anuais como muitos que isso soa logo a exagero??? Lá porque não estão de férias agora mas já estiveram, e, no Natal vieram com um bronze do Brazil enquanto todos preparavam um bacalhau com todos não significa que tenham menos dias com os outros...Aliás... não tenho mesmo culpa que tenham ido para a Serra Nevada no Carnaval e mesmo para o Algarve em Junho (porque diziam que era menos gente, mas na verdade é porque se iriam acampar e não queriam que ninguém descobrisse que já não tinham dinheiro para os livros do João Rafael, ou quem sabe do Tomás (que é um nome muito mais na moda!!!!).
Assim aviso já...sim, vou mais um tempo de férias.... desta vez sem nenhum destino especial, talvez sul, talvez norte.... mas sempre em parques de campismo!!!!!Há que acordar a ouvir gritar "oh sónia onde estás", bem como uma mulher de voz anasalada a gritar no altifalante "srs campistas, é expressamente proibido ter cães à solta no parque. Pede-se o favor de os manter presos junto à tenda" (como se uma estaca fosse suficiente....)!
E para os mais distraídos, digo (para não ouvir o "outra vez" e "tambem gostava de ter um trabalho desses"), daqui a duas semanas vou uma semana para Bruxelas, mesmo depois de há dois meses ter estado em Amesterdão!!!!Há problema????
paixonite
depois de um dia para ser triste, há algo melhor que um dia seguinte de paixonite?daqueles dias que o meu olhar é tão luminoso que nem precisava de usar colete reflector de noite, em que há um fogo que me consome por dentro, que me deixa a pulular.... um dia em que um sorriso estúpido e muitas piadas ridículas (piadéticas) brotam tipo cogumelos não se sabe bem de onde...e cada uma pior que a outra.... mensagens, muitas, saudades, muitas, e um correr feitos parvos para os braços um do outro....foi bom estar contigo...ainda o é... cada vez mais cada segundo é mais precioso, não só porque são raros os que partilhamos, mas tambem porque se tornam ainda mais ternos quando os revivo.... paixonite!!!!
Friday, August 25, 2006
Barriga de Aluguer
a pedido de muitas familias aqui publico um poema disfarçado de prosa que tambem já havia publicado no Escrita Criativa
quero ter
uma barriga de aluguer
de uma mulher
ou um homem qualquer
quero ver
nascer
e irromper
um qualquer ser
escolhido a dedo
neste ser alugado
como se fosse um fato
encasacado
ou desnudado
podia-me entreter
a escolher personalidade
numa barriga de aluguer
de um qualquer supermercado
quero um sorriso amarelo
com um ou outro chinelo
que condiga com o meu tom de pele
um cabelo alourado
como qualquer anjo
ou diabo disfarçado
que venha com profissão
de doutor ou ladrão
consoante o mais bem pago!
quero uma barriga
que não a minha
para se deformar
e engordar dos pés à espinha
sem as dores de parto
nem as horas de espera
so quero ser a mãe
que dá a barbie
no natal ou num dia normal
ou o jogo do nody!
para quê a atenção?
se tem um comando na mão
para que precisa do meu tempo
se foi para educar que comprei a televisão
posso ter uma barriga de aluguer
de um homem
ou talvez mulher
um qualquer...
lá posso depositar
o que não quero
tipo caixote do lixo
ou arrecadação
o que já não preciso
mas que um dia pode dar jeito ou não!
nunca se sabe!
é sempre bom ter um espaço
que não é nosso
onde jogamos as dores e as tralhas
que doem e machucam...
assim, mas desta vez com um contrato
posso enviar tudo o que de mal me acontece
para dentro de um guardafato
que não é meu
mas que é teu...
quero ter
uma barriga de aluguer
de uma mulher
ou um homem qualquer!
solidão e máquina fotográfica
Viajar é como se injectasse a mim mesma uma seringa de cidades, cheiros, e sensações novas. O que procuro? A minha companhia. O que encontro? Solidão… talvez ausência. Quero olhar para as coisas de uma perspectiva diferente. È isso que busco, o olhar do viajante. Passo a ver tudo pelo lado da luz ao fundo da objectiva de uma máquina fotográfica e em vão tento perpetuar aquele verde, aquele rumor de cidade antiga, aquelas pessoas, aquelas esplanadas… quando chego a Lisboa volto a revê-las mas do outro lado da lente. Vejo-as do lado da foto impressa e da tentativa de perpetuar o que se sentiu. Talvez tenha medo de que o passado me abandone e que me esqueça no futuro de quem sou e assim, com as fotografias, na solidão da noite recordo o que fui.
Há quem lhe chame solidão
Há quem lhe chame ausência
Eu chamo abstinência
De me acompanhar a mim mesma.
Assim, deixo-me ficar no presente
Assombrada por caixas de memórias
Que como passado que são
São sós do seu tempo
Do seu momento,
Do seu presente.
ps- este texto foi escrito depois de um dos ensaios do 2º a Circular (o grupo de teatro da faculdade, a ESCS), por volta de fevereiro...já a foto foi tirada pelo Gervásio em 26/07/06
Há quem lhe chame solidão
Há quem lhe chame ausência
Eu chamo abstinência
De me acompanhar a mim mesma.
Assim, deixo-me ficar no presente
Assombrada por caixas de memórias
Que como passado que são
São sós do seu tempo
Do seu momento,
Do seu presente.
ps- este texto foi escrito depois de um dos ensaios do 2º a Circular (o grupo de teatro da faculdade, a ESCS), por volta de fevereiro...já a foto foi tirada pelo Gervásio em 26/07/06
Acordei triste
Hoje acordei triste sem nenhuma razão aparente. Não tive pesadelos, não vi as notícias sobre a fome no mundo, não me faltam amigos... Simplesmente acordei triste! Com a lágrima no canto do olho a observar o vidro da janela ou os carros largados no trânsito...Será mesmo isto tristeza ou é a ausência de mim própria que mora por estas bandas?! Se fumasse puxaria um cigarro e acende-lo-ia de uma forma pensativa, distante...
Thursday, August 24, 2006
Fui ao cinema ver a casa da lagoa, com a Sandra Bullock e o Keanu Reeves...Resultado? Uma boa história mas nem por isso um bom filme! Mau desempenho dos actores?.... Nem por isso, estes viviam um amor à distância, pois bem, à distância de 2 anos.... Ele vivia em 2004 e ela em 2006!!!! Como é possível? Nem sei, mas os personagens não pareceram importar-se com a distância e muito menos se acharam loucos por se corresponderam com um lapso temporal de 2 anos... O argumento está muito bem pensado, ideia gira e tal... mas nem por isso bem conseguida...
silêncio
o silêncio....
desde logo me remete para o meu caríssimo Pedro Abrunhosa novamente...desta vez não para um poema mas para um sentimento....
o que é o silêncio? a ausência de ruído? um ruído interior que abafa e amordaça as nossas palavras? uma dor que queima tanto por dentro, que custa tanto a arrancar...
Mas é no silêncio que te beijo, que te sinto, que te olho...não quero que o que penso ou que diga ultrapasse o que sinto...como te sinto!
Há o silêncio forçado. Quando estamos no hospital, quando os pais estão doentes, ou mesmo quando é melhor nada dizer ao nosso irmão senão este irrompe num ataque de fúria. Há tambem o silêncio forçado pela distância, aquelas que dividem países, a de alguns quilómetros num sítio com pouca rede ou mesmo a um palmo de ti!
Será que queres mesmo o meu silêncio? Será que é o melhor que tenho a fazer? Afastar-me? Não dizer nada?
Quero que te encontres, a sério...não aguento encontrar-te encolhido a um canto, de braços cruzados no fundo dos teus olhos às vezes verdes... E se eu deixar de dar notícias? Será que significa que não quero saber de ti? Que não me interesso? Que desisti? E se continuar a insistir? Será interpretado como vontade de estar contigo, como apoio, como interesse, como vontade de ajudar? Não estará a tornar tudo mais difícil, mais pesado, e não sentirás que não respeito o teu espaço?
Há tambem aquele silêncio, aquele que não vem de fora, mas, antes se instala cá dentro como a noite toma os céus devagarinho... O silêncio de ler um bom livro no meio da Quinta das Conchas, de saborear os raios de sol no meio da praia, de ouvir os rumores do vento a embater nas àrvores, dos vaivem das ondas, dos grilos no meio da planície....
Qual o meu silêncio? Qual o preço do silêncio? Como é o teu silêncio? Como te habito?
"Quem me dera poder conhecer
Esse silêncio que trazes em ti,
Quem me dera poder encontrar
O silêncio que fazes por mim." (Pedro Abrunhosa, in Silêncio)
Qual o preço de um beijo no meio do silêncio?
desde logo me remete para o meu caríssimo Pedro Abrunhosa novamente...desta vez não para um poema mas para um sentimento....
o que é o silêncio? a ausência de ruído? um ruído interior que abafa e amordaça as nossas palavras? uma dor que queima tanto por dentro, que custa tanto a arrancar...
Mas é no silêncio que te beijo, que te sinto, que te olho...não quero que o que penso ou que diga ultrapasse o que sinto...como te sinto!
Há o silêncio forçado. Quando estamos no hospital, quando os pais estão doentes, ou mesmo quando é melhor nada dizer ao nosso irmão senão este irrompe num ataque de fúria. Há tambem o silêncio forçado pela distância, aquelas que dividem países, a de alguns quilómetros num sítio com pouca rede ou mesmo a um palmo de ti!
Será que queres mesmo o meu silêncio? Será que é o melhor que tenho a fazer? Afastar-me? Não dizer nada?
Quero que te encontres, a sério...não aguento encontrar-te encolhido a um canto, de braços cruzados no fundo dos teus olhos às vezes verdes... E se eu deixar de dar notícias? Será que significa que não quero saber de ti? Que não me interesso? Que desisti? E se continuar a insistir? Será interpretado como vontade de estar contigo, como apoio, como interesse, como vontade de ajudar? Não estará a tornar tudo mais difícil, mais pesado, e não sentirás que não respeito o teu espaço?
Há tambem aquele silêncio, aquele que não vem de fora, mas, antes se instala cá dentro como a noite toma os céus devagarinho... O silêncio de ler um bom livro no meio da Quinta das Conchas, de saborear os raios de sol no meio da praia, de ouvir os rumores do vento a embater nas àrvores, dos vaivem das ondas, dos grilos no meio da planície....
Qual o meu silêncio? Qual o preço do silêncio? Como é o teu silêncio? Como te habito?
"Quem me dera poder conhecer
Esse silêncio que trazes em ti,
Quem me dera poder encontrar
O silêncio que fazes por mim." (Pedro Abrunhosa, in Silêncio)
Qual o preço de um beijo no meio do silêncio?
Wednesday, August 23, 2006
suspiro
Suspiro!
Recordo…
Momentos…
Fragmentos…
Pensamentos…
Sentimentos…
Que vivi…
Que senti…
Partilhei…
Sorri…
Sofri…
Amei…
Toquei…
Pensei…
Sonhei...!
E voltei a viver
As recordações
E as emoções
Dos momentos
Fragmentados
Dos pensamentos partilhados
Contigo,
Consigo,
Comigo!
Com o mundo…
Surdo…
Mudo…
Como tudo o que se agita…
E assiste
Triste…
Á queda do seu próprio muro!!!
Escuro,
Duro,
Pouco seguro,
De si!!
Todos esses momentos, meros fragmentos
Dum eu que não existe…
Contornam os pensamentos
E todos os sentimentos que vivi,
O meu passado afagam
E no futuro se agarram
Como uma parte de Mim!
será
há dias em que uma música nos descreve, nos conquista o gosto e fala por nós através dos acordes...no outro dia o meu estado de espírito falava através de uma música intitulada "será?" da autoria (claro está) do pedro abrunhosa...
"Será que ainda me resta tempo contigo,
ou já te levam balas de um qualquer inimigo.
Será que soube dar-te tudo o que querias,
ou deixei-me morrer lento, no lento morrer dos dias.
Será que fiz tudo que podia fazer,
ou fui mais um cobarde, não quis ver sofrer.
Será que lá longe ainda o céu é azul,
ou já o negro cinzento confunde Norte com Sul.
Será que a tua pele ainda é macia,
ou é a mão que me treme,
sem ardor nem magia.
será que ainda te posso valer,
ou já a noite descobre a dor que encobre o prazer.
Será que é de febre este fogo,
este grito cruel que da lebre faz lobo.
Será que amanhã ainda existe para ti,
ou ao ver-te nos olhos te beijei e morri.
Será que lá fora os carros passam ainda,
ou as estrelas caíram e qualquer sorte é bem-vinda.
Será que a cidade ainda está como dantes
ou cantam fantasmas e bailam gigantes.
Será que o sol se põe do lado do mar,
ou a luz que me agarra é sombra de luar.
Será que as casas cantam e as pedras do chão,
ou calou-se a montanha, rendeu-se o vulcão.
Será que sabes que hoje é Domingo,
ou os dias não passam, são anjos caindo.
Será que me consegues ouvir
ou é tempo que pedes quando tentas sorrir.
Será que sabes que te trago na voz,
que o teu mundo é o meu mundo e foi feito por nós.
Será que te lembras da cor do olhar
quando juntos a noite não quer acabar.
Será que sentes esta mão que te agarra
que te prende com a força do mar contra a barra.
Será que consegues ouvir-me dizer
que te amo tanto quanto noutro dia qualquer.
Eu sei que tu estarás sempre por mim
Não há noite sem dia, nem dia sem fim.
Eu sei que me queres, e me amas também
me desejas agora como nunca ninguém.
Não partas então, não me deixes sozinho
Vou beijar o teu chão e chorar o caminho.
Será,
Será,
o que será?
Será!"
olhó blog fresquiiinho!!!!!!!!!!é fruta ou chicolate?
pois é até eu tenho um blog!
aderi ás novas tecnologias, deixei a caneta de lado e o papel...e pus a mão ao bife, ou seja, ao teclado (mão ao bife?!? de onde veio esta?)!
o que vou aqui escrever?
sei lá!é mesmo assim...podem ser intermináveis poemas ou até uma piada estúpida...já estou é farta de acumular papel em volta da secretária com tanta coisa escrita..aqui alivio o sofrimento das àrvores!!!
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