Viajar é como se injectasse a mim mesma uma seringa de cidades, cheiros, e sensações novas. O que procuro? A minha companhia. O que encontro? Solidão… talvez ausência. Quero olhar para as coisas de uma perspectiva diferente. È isso que busco, o olhar do viajante. Passo a ver tudo pelo lado da luz ao fundo da objectiva de uma máquina fotográfica e em vão tento perpetuar aquele verde, aquele rumor de cidade antiga, aquelas pessoas, aquelas esplanadas… quando chego a Lisboa volto a revê-las mas do outro lado da lente. Vejo-as do lado da foto impressa e da tentativa de perpetuar o que se sentiu. Talvez tenha medo de que o passado me abandone e que me esqueça no futuro de quem sou e assim, com as fotografias, na solidão da noite recordo o que fui.
Há quem lhe chame solidão
Há quem lhe chame ausência
Eu chamo abstinência
De me acompanhar a mim mesma.
Assim, deixo-me ficar no presente
Assombrada por caixas de memórias
Que como passado que são
São sós do seu tempo
Do seu momento,
Do seu presente.
ps- este texto foi escrito depois de um dos ensaios do 2º a Circular (o grupo de teatro da faculdade, a ESCS), por volta de fevereiro...já a foto foi tirada pelo Gervásio em 26/07/06
3 comments:
Que óculos fashion...
tou mto fashion...é verdade!!!uma verdadeira diva direi!!! pois cada um tem o seu fado (digo isto porque os óculos têm um quê de amália). ;)
FUI EU!! FUI EU!!! FUI EU A TIRAR A FOTOOO!=D=D
PS: Muda o nome de .... para Gervásio. Tks=P
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