Saturday, September 30, 2006

Já não...


Já não posso esperar pelas mensagens que me acordam e dizem Bom Dia.
Já não posso tocar-te na face e olhar-te nos olhos e dizer que te adoro.
Já não sei o que sinto a cada olhar para o visor do telefone sem mensagens.
Já não existem as tardes e as conversas de café...
Já não conto os dias para comemorarmos mais um mês.
Já não ouço a tua voz há dias...
Já sonhei contigo e sonho todos os dias.
Já conversei comigo...
Já não possso esperar que me abraces em frente a um qualquer grafitti.
Já não existe mais o nós ou as mãos entrelaçadas.
Já não existe o sussurro na minha orelha ou o teu beijo apaixonado.
Já não te encontro para contar o meu dia.
Já não existem as conversas que duram horas e queriamos que durassem ainda mais.
Já não sentirei o teu cheiro ou a tua barba por fazer.
Já não sei o que te dizer...
Já chorei...já sustive a respiração...já tive pesadelos...já deixei e voltei a comer.
Já me revoltei comigo, contigo, com o mundo...
Já tentei abafar tudo o que grita cá dentro...
Já conversámos...
Já sei que dói e não tem prazo para acabar.
Já tenho a certeza que não te quero perder, que te quero encontrar mais tarde e já curado de mim e de ti...
Já te magoei...já nos magoei, já magoei os outros....
Já fui egoísta, já fui compreensiva...continuo a estar triste e a ser louca....
Sei que cada passo tem um peso diferente, custa arrancar toda esta capa de mágoa que nos envolve...Caminho... Longe de ti?A fugir de ti? A fugir de mim? A fugir do que construimos? Não...embora uns dias penso que sim...Caminhamos paralelamente, mas desta vez sem as mãos entrelaçadas.....

2 comments:

Jorge Bicho said...

já não mereces todas essas perguntas. deixa o já, olha para o que acreditas, e se possível dá as mãos, sabe bem o quentinho de quem amamos...

Jorge Bicho said...

Lembras-te, este foi para ti

E eu por aqui,
sem saber das tuas histórias,
invento-te
como se fosses parte
do meu caminho,
como se percorresse contigo
as estradas que nos levam
à fogueira
onde ao redor nos encontramos
e nas palavras trocadas
trocamos os beijos
e as vontades
de sermos sempre assim,
portos do mesmo barco
desatracando da vida.